Em breve, terá que ser assim

Mesmo levando-se em conta que o Fluminense conquistará o Campeonato Brasileiro se vencer o Guarani, independentemente de qualquer resultado de Corinthians e Cruzeiro, é lamentável, inadmissível e criminosa a forma caótica como os ingressos de jogos de futebol são vendidos para o torcedor.

Houve quem ficasse um dia e meio na fila para conseguir o ingresso ou quem tenha esperado horas e a poucos metros da bilheteria a venda fosse encerrada.

Não faltaram queixas contra ação de cambistas e até mesmo de policiais militares comprarem ingresso sem precisar de fila, enfim tudo aquilo que infelizmente as autoridades estão cansadas de saber e não parecem interessadas em resolver – só pensando assim.

Pior, mas muito pior: o torcedor Evangelista Martins Freire, 52 anos, sufocado por toda espécie de desordem, sofreu infarto e morreu ao ser atendidono hospita. Ele tentava comprar ingresso para o filho tricolor.

Comenta-se que haverá um minuto de silêncio antes de a partida ser iniciada e que o time do Fluminense entrará de luto. Louvável se isso realmente acontecer, mas a dor sentida pelos familiares e amigos desse torcedor é irreparável.

A venda de ingressos no futebol brasileiro é um problema que precisa ser levado a sério e resolvido pelas autoridades. Se não acontece essa selvageria numa Copa do Mundo é sinal que tem solução.

O que torcedores se queixam há anos das humilhações e agressões quando tentam comprar ingresso para jogo importante, mostra o desleixo dos órgãos responsáveis.

Acho que só o BOPE conseguirá resolver esse problema de ingressos de futebol em todo Brasil. Que um dia o torcedor possa hastear a bandeira do Brasil como aconteceu no Complexo do Alemão.