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Pobres jogadores…

Maria

Ganso fez falta ao Santos e à seleção brasileira

Muricy Ramalho, um dos palestrantes do Footecon, estava coberto de razão no momento em que protestou contra o calendário do futebol brasileiro.

Um exemplo dado pelo técnico tetracampeão brasileiro: ''Estamos massacrando os nossos jogadores. O excesso de jogos sem tempo de recuperção é a causa de tudo.  No Brasil a gente não treina os jogadores, nossa preocupação é descansá-los.''

Não precisa ser especialista em fisiologia ou preparação física para perceber que Muricy está certíssimo.

Vejam: a última rodada do Brasileirão foi disputada no dia 5 de dezembro. Uma vez respeitados os 30 dias de férias, os jogadores só se reapresentam no dia 5 de janeiro, alguns clubes terão apenas duas semanas (ou menos) para preparar suas equipes,  o que é uma violência contra a  integridade física dos jogadores. 

Como nada é feito para se corrigir o absurdo,  é grande o número de lesões musculares verificadas desde o início da temporada. Além de o músculo se romper, acaba não dando proteção suficiente  a determinadas articulações, como a do joelho, por exemplo.

Apenas alguns exemplos: o festejado Fluminense logo logo ficou sem Fred, Emerson, Deco e Diguinho – jogadores que ao longo da temporada se tornaram problemáticos.

O Grêmio, no início do Gauchão, entre um rodada  outra, ficou sem Rodrigo, Hugo, Borges, Neuton, Leandro, William Magrão, Fábio Rochemback, Maylson, Ferdinando, Henrique e Mário Fernandes.

O Corinthians conviveu com as lesões de Ronaldo, Ralf, Jorge Henrique, Chicão e Dentinho.

Mal a temporada havia começado, o departamento médico do Santos recebeu Ganso, Léo, Arouca, Alan Patrick e Marcel .

O Vasco não pode contar com Carlos Alberto por longo período da competição e terminou o ano sem ele.

Que fique bem claro: médicos e preparadores físicos fazem o que podem e se dependesse deles o organismo dos atletas seriam respeitados.