Rio pisa na bola da folia… e a Copa vem aí
Maria
Que o Carnaval tenha mostrado ao prefeito Eduardo Paes que grandes eventos precisam ser muito bem planejados.
Afinal, o Rio de Janeiro sediará Jogos Olímpicos e será uma das sedes da Copa do Mundo. Não basta mostramos ao mundo a alegria de quem sai nos animados blocos. É preciso saber planejar para que a desordem não tome conta da cidade, como estamos vendo neste Carnaval.
Nem posso recriminar aqueles que fazem pipi nas ruas. Afinal, a quantidade de banheiros públicos é insignificante para atender milhões de foliões. Como as filas são imensas muitos rapazes e moças não agüentam, desistem de esperar e buscam um cantinho para fazer as necessidade ( número 1 e 2, verdade).
A sujeira deixada pelos ambulantes só vi em viagens a países subdesenvolvidos.
Pior: as ruas por onde passam os blocos impedem que os moradores saiam e voltem para casa de carros quase que o dia inteiro. Não passei por esse problema, mas presenciei um motorista idoso ser ameaçado por quatro foliões na saída da garagem do prédio em que residia ao tentar sair de carro.
Mais grave: o policiamento não evita que camelôs vendam bebidas alcoólicas para imensa quantidade de menores; bem como a ação de ameaçadores flanelinhas e até de assaltantes: em menos de meia hora, presenciei duas adolescentes estrangeiras serem assaltadas ao atravessarem o canal do Jardim de Alah pela areia, próximo ao mar, pouco mais do meio-dia. Após a primeira ação dos três bandidos fui aos containers da Prefeitura a 50m dali e relatei o que havia acontecido. Retornei para minha caminhada e flagrei nova ação de jovens bandidos no mesmo local.
Mesmo sabendo que de nada adiantaria, mais uma vez fui até os containers para relatar o segundo assalto naquele local, cuja periculosidade só é desconhecida pelos inocentes turistas.
Faço questão de deixar bem claro: adoro Carnaval, sei que é impossível organização perfeita, mas desordem significa um tiro pela culatra quando se pensa em projetos ainda maiores.