Blog do Maria

Ronaldo resolveu parar mesmo sem o gol de bicicleta

Maria

Ronaldo festeja gol na conquista do penta. No vôo de volta ao Brasil, um papo com o Maria

Ronaldo está se despedindo do futebol e reconheço que sua decisão aconteceu em boa hora.

 Na minha lista dos melhores jogadores que vi atuar, o Fenômeno ocupa posição de destaque. E nem poderia ser diferente. Vejam: por três vezes (1996, 1997 e 2002), foi escolhido melhor jogador do mundo na festa da Fifa; é o artilheiro das Copas,  e  considerado o herói do pentacampeonato, até porque mereceu a chuteira de ouro na premiação dos campeões. E poucos tiveram força demonstrada por ele para superar sérias lesões.

Tive o privilégio de acompanhá-lo em inúmeras viagens. E, através de entrevistas exclusivas conversamos muito.

Numa matéria logo após a conquista do tetra, nos Estados Unidos, ele um jovem de  apenas 18 anos, surpreendeu-me quando lhe perguntei sobre o seu grande sonho.

A resposta: “Quero ser campeão mundial de verdade. É o tal negócio, fui campeão e ao mesmo tempo não fui. Fiz parte da delegação, mas não joguei nenhuma partida. Eu era um mero coadjuvante da delegação.

Tempos depois, na Copa da Alemanha, outra revelação espantosa: “Um desejo que não consegui realizar? Te digo agora: marcar um gol de bicicleta. Já fiz gols de todas as maneiras, mas nunca de bicicleta”.

As conversas com Ronaldo sempre rendem. Até porque, ele detesta frases feitas.

Ao longo de sua carreira, Ronaldo destinou em torno de US$ 1 milhão para instituições de caridade, mas sempre evitou este assunto.

Seu Nélio e Dona Sônia capricharam. Que Ronaldo seja muito feliz e continue ligado ao futebol.